quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um pouco de História - O Natal 1/2


O Natal comemorado no dia 25 de dezembro, não é comemorada nesta data por todos os países. Em alguns países (eslavos e ortodoxos) é comemorado no dia 7 de janeiro. Foi fixada a data de 25 de dezembro para comemorar o Natal, por coincidir com o solstício de inverno e com festividades pagãs romanas.

Do latim = natális , derivada do verbo nascor, nascéris, natus sun, nasci, significando nascer, ser posto no mundo.

O Natal é comemorado desde o Séc. IV no ocidente (Império romano) e desde o Séc. V no oriente (Império romano) e representa a data do nascimento de Jesus Cristo.
Seu significado no italiano é natale, francês é Noël, no catalão é Nadal, espanhol é Natal e português é Natal.
No inglês a data é conhecida como Christmas e provem das palavras latinas Cristes measse. Seu significando em inglês: Christ´s  Mass - missa de Cristo.
Do natalis deriva também “natureza”, o somatório das forças ativas em todo o Universo.

Muitos registros apontam que a primeira celebração da data do nascimento de Jesus Cristo aconteceu em Roma, em 336 DC. Na região oriental do império romano, o natal é comemorado em 7 de janeiro. Segundo consta, é a data do batizado de Jesus.

Por que esta data? Negação ao Calendário Gregoriano, no qual as igrejas ocidentais adotaram o dia 25 de dezembro para o natal e 06 de Janeiro para Epifania, ou “Manifestação” – onde é comemorado a visita do Reis Magos, atualmente conhecido como dia de reis e quando, atualmente, é a data na qual é desmontada a árvore de natal
Calendário Gregoriano
Epifania
A data 25 de dezembro não é a data real do nascimento do menino Jesus. Esta data foi adotada pela igreja cristã da época com a intenção de cristianizar as festas “pagãs” dos vários povos, inclusive dos germanos, próximos ao solstício de inverno.
 
Saturnália
O povo que dominava a região -  os romanos, tinha uma festividade em honra ao deus SaturnoSaturnália – que era comemorada de 17 a 22 de dezembro. A festividade tinha como características:  muita alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro, igualmente, era conhecido pela data do nascimento do deus persa Mitrao Sol da Virtude.

Deus Persa Mitra

Com a intenção de converter os “pagãos”, os cristãos da época fizeram com que as festas pagãs parecessem “cristãs” e este fato é conhecido, há muito tempo, por muitos e também por  historiadores e eruditos. Um exemplo disto: em pleno século XVII, as festividades de Natal, por não apresentar uma origem bíblica, foram proibidas na Inglaterra em algumas colônias americanas. Na ocasião, se alguem permanecesse em casa e se negasse a ir trabalhar, no dia de natal,  era multado.

Um exemplo próximo e muito recente...
Na casa paterna de nossa infância, não eram reconhecidos e valorizados: a árvore de Natal, o Papai Noel  e as decorações natalinas. Nossa herança cultural tinha ligação forte com o catolicismo espanhol e português e este, por muito tempo, não reconhecia as festividades que não tivessem origem bíblica - o Natal primava pela simplicidade semelhante àquela do cenário no qual nasceu Jesus
O Natal em nossa casa de infância era comemorado em torno do presépio, geralmente localizado no ambiente onde a família fazia as refeições diárias. No ambiente se arrumava a mesa para todos da casa, na véspera do dia 25 de dezembro. Era uma mesa posta de maneira muito simples, com pratos identificados, de nosso uso diário nos quais era servido alimento (palha) para o burrinho que traria o Menino Jesus na noite de natal. Alertavam-nos que  o Menino Jesus traria presentes para todas às crianças da casa que tivessem bom comportamento. Por conta disto e da expectativa da chegada do ilustre visitante, todos dormiam muito cedo, para que Ele chegasse logo. Já na madrugava, o Menino deixava seu rastro de alegria em sua passagem "imperceptível" mas, real. O burrinho comia todo o alimento dos pratos e neles o Menino Jesus deixava os presentes. Estes, quase sempre, eram algo útil, como: sapatos novos, material escolar ou roupas. Geralmente, dormíamos com os sapatos novos nos pés, de tanta alegria.

A partir de fatos históricos compreendemos muita coisa da cultura e suas diferenças.


Prosseguindo...
 

Muito do que "consumimos" hoje, para "fazer" nossa festa de Natal, destoa  da originalidade e de nossas raízes culturais, tonando-nos "massa" de manobra consumidora. Sem percebermos, estamos no meio de um "ciclone" consumindo...consumindo, sem qualquer reflexão real do significado desta data. Até mesmo ícones de nossa real cultura estão no balcão de "aliciamento" de maneira disfarçada a partir de pseudos valores. Atenção é preciso ter!
Árvore de natal

A primeira árvore de natal foi decorada por Martinho Lutero (mentor da Reforma Protestante no Séc. XVI), iniciativa movida por sua grande sensibilidade e amor ao belo natural

Martinho Lutero, antes de ser um homem que ensinava assuntos da espiritualidade, era um professor de grande sensibilidade.
Em uma noite estrelada, vislumbrou o céu entre as copas dos pinheiros, na Alemanha. Percebeu o céu intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Ficou tão extasiado com o espetáculo natural que decidiu arrancar um galho do pinheiro e levou para casa. Em sua casa, tentou reproduzir o que viu ao ar livre.
Colocou o pequeno pinheiro em um vaso com terra e chamou sua esposa e filhos e decorou a pequena árvore com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Para a árvore ficar mais bonita e alegre, arrumou papéis coloridos para enfeitar seus ramos.

A família Lutero ficou maravilhada com a árvore acesa, o que lhes parecia ter adquirido vida. Assim surgia a primeira árvore de Natal. Martinho quis mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento do Menino Jesus.

Este é um dos motivos, pelos quais, muitos países católicos não aceitavam a árvore de natal e somente o presépio natalino - motivos religiosos.



O Presépio

O presépio, na igreja católica, foi usado pela primeira vez por Francisco de Assis, em 1223. O frade franciscano quiz celebrar o Natal, na ocasião, de uma maneira mais real possível, e com a permissão do Papa, montou m presépio de palha, com a imagem do Menino Jesus, de Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento e vários outros animais. Neste cenário celebrou a missa de natal. Foi um sucesso, que logo foi adotado em toda a Itália, passando a ser usado nas casas dos nobres da Europa e depois em todos os lares





Segue na Parte II


Postado por Angelina Wittmann








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