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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Amigos Distantes - Prost Neuejahr!


Aproveitamos a data, último dia de 2010 para  desejar a todos, principalmente àqueles que se encontram longe e acessam os post´s do Blog do C.C. 25 de Julho.
Agradecemos as visitas e esperamos que o blog atenda a um pouco de suas expectativas.
Com já mencionamos, sintam-se a vontade para se manifestarem, enviarem contribuições, relatos, correções, críticas, opiniões e imagens de seus lugares...Afinal o Blog é um portal que possibilita criar integrações, independentemente das distâncias.

Abraços a todos, principalmente às pessoas que acessam de Portugal, Estados Unidos, Alemanha, Indonésia, Croácia, Rússia, Irlanda, Angola e Reino Unido.

Um abraço de Blumenau e dos amigos do C.C. 25 de Julho!!
Clique para ampliar



Glückliches Ein Neues Jahr



Alemão da Baviera
Guad de Nei Joá!!

Alemão de Hesse
Jahr Gudes neus!!

Alemão Suíça
Guets neus Jahr!!

Alemão Pensilvânia
Grischtdaag hallich Nei Yaahr!!


Ein gutes Neues Jahr!!
Um bom Ano Novo!!

Abraço apertado da Equipe do
 Blog do C.C. 25 de Julho


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Reportagem da Deutsche Welle - Atlas de Dialetos alemães III - Berlinense: sem fronteiras, nem gramática

Berlinense: sem fronteiras, nem gramática

O Muro de Berlim caiu há mais de 15 anos,
mas o modo de falar ainda divide leste e oeste

 O dialeto berlinense é uma mistura muito própria de variantes lingüísticas e culturais. Além de sua predileção por neologismos, o berlinense não faz muita questão de declinações e outras regras gramaticais.


Mal existe um dialeto alemão ou uma língua estrangeira que não se escute em Berlim. Mas o que mais chama a atenção de quem chega à capital alemã é a chamada "Berliner Schnauze", uma expressão que indica que os berlinenses não têm papas na língua e, a bem da verdade, não hesitam na grosseria. Mesmo assim, não há quem duvide de que o autêntico berlinense tenha um coração aberto.
Se você pisar no pé de alguém sem querer, não deve se admirar ao receber uma resposta na ponta da língua, num tom de voz que dificilmente poderá ser ignorado: "Mönsch, kannst nich uffpassen, Olle!" (Orra, não dá para prestar atenção?!!). Boas maneiras não são exatamente o forte dos berlinenses… Mas com o tempo, as pessoas se acostumam ao humor amargo que impera na cidade e até acabam aderindo a ele.

Para desaprender todas as declinações

Para os estrangeiros preocupados em falar um alemão correto, Berlim é de lavar a alma. É que o berlinense costuma confundir "mir" e "mich", além de dizer "ick", "dit" e "wat", em vez de "ich" (eu), "das" (isto) e "was" (o que).
O genitivo praticamente não existe. Tudo é facilmente regrado com a preposição "von": "Die Mutter von dis Mädchen ist dit ejal", em vez de "Der Mutter dieses Mädchens ist das egal". Como se percebe, o berlinense não faz a mínima questão de declinar as palavras…
Entre tantas práticas desregradas, existem algumas normas, no entanto. Ao invés do ditongo "au", o berlinense usa o "o" longo: "lofen", em vez de "laufen" (correr); "rochen", em vez de "rauchen" (fumar). No lugar do ditongo "ei" (pronunciado "ai"), fala-se o "e" longo: "keener" e não "keiner" (nenhum), "Beene" e não "Beine" (pernas). E, por fim, vem a famosa história do "g", inexistente no dialeto de Berlim e sempre substituído pelo "j": "Et jibt keen richtjet und keen falschet Berlinern. Wichtig is nur, dit et ne lebendje Sprache is – n Teil von unsere Identität – und nich irjendwat Uffjesetztes".
Ou seja: "Es gibt kein richtiges und kein falsches Berlinerisch. Wichtig ist nur, dass es eine lebendige Sprache ist – ein Teil unserer Identität – und nicht irgendetwas Aufgesetztes." Traduzindo: Não existe berlinense certo ou errado. O importante é só uma língua viva, parte da identidade local, nada que seja imposto de fora.
Mas as coisas não são bem assim... A base do dialeto berlinense é uma mistura do "märkisches Platt" (o baixo-alemão falado em Brandemburgo) com o alemão padrão e o saxônio. Outros ingredientes vêm do iídiche, do holandês e do eslavo.
Gendarmenmarkt, no centro de Berlim,
com a Catedral Francesa
Em todas as épocas, assim como hoje, os habitantes de Berlim eram em grande parte migrantes. Por volta de 1700, os huguenotes refugiados da França representavam um quinto da população berlinense. E até hoje, não são apenas as "Buletten", os bolinhos de carne, que remetem à influência francesa, mas também inusitados neologismos, como "Lameng" ("à la main") ou "Fisimatenten" ("visitez ma tente").

Aquecedores de memória e almofadas comestíveis

Norbert Dittmar, lingüista da Universidade Livre de Berlim, analisou a atual variante berlinense e pôde constatar que, pela língua, ainda dá para saber exatamente quem morava no lado oriental e no lado ocidental na cidade. Uma barreira lingüística ainda marca a fronteira da cidade dividida pelo Muro durante quase 30 anos.
Outra coisa que caracteriza o dialeto berlinense é o exagero e a mania de inventar palavras. Isso resulta em neologismos adoráveis, como "Jedächtniswärmer", ou seja, "Gedächtniswärmer", "aquecedor de memória", que significa "boina". Ou então "Sitzkissen", "almofada", para apelidar o pão tipicamente turco, uma espécie de pão sírio, só que mais grosso.
Toda esta criatividade talvez possa ser atribuída ao fato de o berlinense ser um povo de migrantes. Seu dialeto contém tudo isso: a sobriedade prussiana, a prolixidade francesa, a auto-ironia judaica, a presença de espírito dos intelectuais, fragmentos holandeses e evidentemente a linguagem do submundo.

Quase 33% da população do bairro de Kreuzberg é
de estrangeiros, sobretudo turcos, italianos e gregos

Apesar desta tendência cosmopolita perceptível na língua, Berlim não deixa de ser, no entanto, um aglomerado de vilarejos no interior prussiano: Charlottenburg, Moabit, Treptow, Pankow, Marzahn e evidentemente Kreuzberg. Cada um desses bairros tem um centro próprio e sua própria fala.

O dialeto na música: "Nach meine Beene is ja janz Berlin verrückt"

"Ich hab noch einen Koffer in Berlin" ("Ainda tenho uma mala em Berlim"), já cantava a berlinense Marlene Dietrich nos anos 20, dando um toque dialetal a suas canções. Até hoje, Dietrich, Claire Waldoff e Zara Leander são diretamente associadas a Berlim e seu dialeto.


Letra e o som de uma famosa canção berlinense, em dialeto.

Acompanhe aqui a canção "Nach meine Beene is ja janz Berlin verrückt" ("Toda Berlim é louca pelas minhas pernas"), cantada por Velia Krause:
Jüngst sprach zu mir mal meine olle Tante:


"Du, Mädel, höre mal vernünftig zu,
ick rate Dir im Juten als Verwandte –
lass bloß de Männer jederzeit in Ruh!

 Die faulen Köppe wollen bloss poussieren,
und die Bescherung hast du dann zuletzt."
Da rief ick aus: "Ick lass ma nich verführen!"
Von mir wird jeder Mann doch nur versetzt!

 Und trotzdem laufen kreuz und quer
doch stets de Kerle hinterher!
Mir hat ja die Natur verliehen,
de scheensten Beene von Berlin,

Nach meine Beene is ja janz Berlin verrückt,
mit meine Beene hab ich manchet Herz jeknickt,
und zeig ick meine Beene voller Intelljenz,
denn schlag ick ausm Felde jede Konkurrenz!

Im Lunapark besah ick mir dit Neuste.
Een Herr, der führte mir in‘t Wackeltopp.
Da wurde mir der Fatzke ziemlich dreiste,
drum jab ick ihm ne Schelle an‘n Kopp.


Er war nich bös und ging mit mir soupieren,
doch unterm Tisch – ach, denken Sie sich bloss! –
wollt er mit meine Beene gleich poussieren,
das Telegrafieren ohne Draht ging los.

Und voller Wut schrie ick wie toll:
"Bei ihnen, Mensch, da piept et wohl!
Sie haben wohl – tidelititi" –
da sagte er: "Isch bitte Sie!


Nach Ihre Beene is ja janz Berlin verrickt!
Mit ihre Beene ham Se mir mein Herz jeknickt!"
Da sacht ick janz jelassen zu dem Bösewicht: "Mit meine Beene machen Se die Dinger – nicht!"


Traduzindo para o alemão padrão…


Jüngst sprach zu mir mal meine alte Tante:
"Du, Mädchen, höre mal vernünftig zu,
ich rate Dir im Guten als Verwandte:
Lass bloss die Männer jederzeit in Ruh!



Die faulen Köpfe wollen bloss poussieren [gemeinsam ausgehen, knutschen],
und die Bescherung hast Du dann zuletzt!"
Da rief ich aus: "Ich lasse mich nicht verführen!
Von mir wird jeder Mann doch nur versetzt!"


Und trotzdem laufen kreuz und quer,
doch stets die Kerle hinterher.
Mir hat ja die Natur verliehen,
die schönsten Beine von Berlin!


Nach meinen Beinen ist ja ganz Berlin verrückt,
mit meinen Beinen hab ich manches Herz geknickt.
Und zeig ich meine Beine voller Intelligenz,
dann schlag ich aus dem Felde jede Konkurrenz!


Im Lunapark [Vergnügungspark] besah ich mir das Neueste.
Ein Herr, der führte mich ins Wackeltopp [frühes Kino – Kintopp],
da wurde mir der Fatzke [Schimpfwort für einen Mann] ziemlich dreist,
darum gab ich ihm eine Ohrfeige an den Kopf.



Er war nicht böse und ging mit mir soupieren [ins Lokal ausführen],
Doch unterm Tisch – ach, denken Sie sich bloss! –
wollte er mit meinen Beinen gleich poussieren,
das "Telegrafieren ohne Draht" [flirten] ging los.



Und voller Wut schrie ich wie toll:
"Bei Ihnen, Mensch, da piept es wohl!
Sie haben wohl – tidelititi –"
da sagte er: "Ich bitte Sie!



Nach Ihren Beinen ist ja ganz Berlin verrückt!
Mit Ihren Beinen habe Sie mir mein Herz geknickt!"
Da sagte ich ganz gelassen zu dem Bösewicht:
"Mit meinen Beinen machen Sie diese Dinge – nicht!"


Dorothea Topf (sm)






Na sequência, próximo artigo da série: Alemânico: na ponta da língua de seis países.


Moment der Musik

Guten Abend Freunde!
Um pouco de música...



Um velha canção conhecida nossa!!




Bis Morgen!!


Reportagem da Deutsche Welle - Atlas de Dialetos alemães II - Bávaro: fala de abreviaturas e diminutivos

Bávaro: fala de abreviaturas e diminutivos


Não só trajes típicos, também os dialetos
são cultivados na Baviera


O temperamento calmo do bávaro geralmente o leva a falar devagar, mas também faz com que ele economize saliva, abreviando diversas palavras num único som. Confira as surpresas lingüísticas que nos esperam na Baviera.


Para os bávaros, ovos são "Ao" e não "Eier", tomates são "Baradeiser" e não "Tomaten". Mas quem pensar que, mesmo falando alemão, corre o risco de passar fome na Baviera por não entender o dialeto local, pode se acalmar: algumas regras podem ajudar a desvendar os mistérios desse linguajar, apesar de ele também ser uma "questão de sensibilidade".
O ditongo "ei" (pronunciado "ai") vira "oa". "I hoas" corresponde a "ich heisse" (Eu me chamo) e "I woas" a "ich weiss" (Eu sei). Mas, cuidado, toda regra tem sua exceção: a cor branca "weiss" continua sendo "weiss" e não vira "woass". Portanto, todo cuidado é pouco! Quem pedir um "Schwoansbraten" e esperar ser servido com um "Schweinebraten", a especialidade suína da cozinha bávara, vai ficar a ver navios.
Uma palavra tão simples como o verbo "vir", "kommen", é pronunciado com "e": "kemmen". E a conjugação é tão inesperada quanto: "i kimm, du kimmst, ihr kimmt, wir kemmen". O mesmo se aplica ao verbo "conhecer", "kennen", que vira "kinnen".

O primeiro passo é não se desesperar


Estação central de Munique
 Quem descer do trem na estação ferroviária central de Munique e perguntar pelo caminho do hotel, não deverá se admirar se receber a seguinte resposta: "Ja grias good, deskonnedaschosong, gest Gödestras owe unnauchadnauf zur Schwandalahä und nasigsdasscholinks wodesblaueschuidlsis! Hosdme?".
O primeiro passo é não se desesperar. Apesar do exotismo da fala, o bávaro costuma ser educado e não faz questão de explicar as coisas tintim por tintim:
"Grias God" (Grüss Gott) é a forma distanciada de se cumprimentar na Baviera. A amigos e conhecidos é mais comum dizer "Seawas", que corresponde à fórmula latina "Servus", "sou seu servo". Ao se dirigir a pessoas mais idosas, o bávaro costuma dizer "Hawediäre", algo equivalente à expressão "(ich) habe die Ehre", "tenho a honra". Mas, caso se queira cumprimentar um grupo, a coisa fica um pouco mais complexa: "Griasaichgodbeianand" é uma espécie de variante sincopada de "Grüss-Euch-Gott-beieinander".
Bem, voltando ao caminho do hotel: "Deskonnedaschosong" significa "Das kann ich Dir schon sagen" (Pode deixar que eu já digo). Uma coisa importante, sobretudo dentro da Alemanha, onde desconhecidos são sempre abordados pela forma de tratamento formal "Sie", é saber que os bávaros costumam tratar as pessoas por "du", a variante informal. Isso não deve ser encarado como ofensa e sim como lisonja. Um mau sinal é quando o bávaro começa a conversa tratando o interlocutor por "Sie".

No diminutivo, independente do tamanho

"Gödestras owe": isso significa apenas que você deve descer a Goethestrasse (Rua Goethe). Ao contrário do que pode parecer, "owe" não tem nada a ver com "oben" (em cima); muito pelo contrário, indica a direção oposta, para baixo. "Affi" significa "auf hin", ou seja, "hinauf" (para cima), enquanto "owe" é "ab, hin, hinab" (para baixo).
Ou seja, após descer a Goethestrasse: "nasigsdasscholinks wodesblaueschuidlsis". Muito simples: "Dann siehst Du es schon, links wo das blaue Schild hängt", ou seja, "então você já vai ver a placa azul à esquerda". "Schuidl?": isso mesmo, "Schild", placa. Viu, não foi tão difícil assim encontrar o hotel.
Também é bom saber que o bávaro adora usar formas diminutivas. Um quadro ("Bild") é "Buildl", um barril ("Fass") é categoricamente um "Fassl", roda ("Rad") é "Radl", tábua (Brett) Brettl, independente do tamanho da coisa. Uma folha (Blatt) é sempre uma folhinha (Blattl).
Mas a chave mais importante para começar a desvendar o dialeto bávaro é saber que o temperamento calmo destes alemães do sul também implica uma certa preguiça na fala. O bávaro adora abreviar palavrinhas breves e insignificantes num único fôlego. Por exemplo, em vez de dizer "Was möchten Sie denn?" (O que o senhor quer afinal?), ele diz simplesmente "Was mächdans?" Ele também adora juntar as sílabas sem pausa nenhuma: "Sammawiederguad", "lass uns wieder Freunde sein", "vamos fazer as pazes".

Recusa o genitivo e a fazer bico

Mas, no mais, o dialeto bávaro tem suas vantagens. Um bom exemplo é a ausência de genitivo. O "carro do pai" não é "das Auto des Vaters", mas sim "am Vadda sei Audo", ou seja, algo como "do pai seu carro". Ou "die Ansichten der Leute", "as opiniões das pessoas", se traduz em bávaro como "de Lait ernare Ansichten", "das pessoas as opiniões delas".

Königssee, lago na Alta Baviera:
diferenças regionais são grandes
Dizem que o bávaro também só faz bico para beijar, mas jamais para pronunciar uma vogal com trema. Na Baviera, não existe "über" (em cima), por exemplo. Sem genitivo, sem "ü" nem "ö": este dialeto até simplifica a vida de quem está aprendendo alemão. Se bem que o dialeto varie de região para região...
O bávaro, falado não só na Alta e na Baixa Baviera, mas também no Alto Palatinado e em certas partes da Áustria, muda de figura de tantos em tantos quilômetros. Mas, o que mais ajuda na decifração do dialeto é mesmo a sensibilidade. E, em se tratando da Baviera tudo isso é questão de sensibilidade, "eine Sache des Gfuils", ou seja, "des Gefühls".

Eva Mehl (sm)


Na sequência, próximo artigo da série:Berlinense: sem fronteiras, nem gramática.





Reportagem da Deutsche Welle - Atlas de Dialetos alemães I - Alsaciano: um dialeto alemão renasce na França

Alsaciano: um dialeto alemão renasce na França

Vista de Estrasburgo

A Europa está disposta a proteger suas minorias – também no tocante às línguas. O idioma alsaciano, por exemplo, falado na fronteira entre a França e o sul da Alemanha, está vivenciando um renascimento inesperado.


Como o Estado deverá lidar com o idioma? Isso virou tema de debate na Alemanha desde que a União Democrata Cristã (CDU), durante uma convenção do partido, exigiu que a língua alemã seja ancorada na Lei Fundamental. Com essa iniciativa, os conservadores querem seguir o exemplo de inúmeros países vizinhos.
Na França, os parlamentares avançaram um passo nessa direção. Eles também incluíram na Constituição a proteção às minorias linguísticas. Isso deverá dar um impulso a todos os idiomas regionais. Entre os alsacianos, são grandes as esperanças de reavivar sua língua minoritária negligenciada por tanto tempo.

Um terço ainda fala dialeto

Uma associação de Estrasburgo denominada Junge fers Elsassische (Jovens pelo Alsaciano, em grafia dialetal) oferece um curso de língua toda quarta-feira à noite. A professora Bénédicte Keck começa a primeira aula se apresentando em alsaciano – com uma cegonha na mão, o símbolo da Alsácia. Para os alunos, esse é o sinal para falar o dialeto. Todos respondem em coro: Gute Morje!, em vez do alemão Guten Morgen!.

Flammkuchen ou tarte flambée?: uma especialidade alsaciana
Hoje, aproximadamente um terço da população da Alsácia ainda fala esse idioma aparentado com o alemânico e o francônio. Mas são sobretudo as pessoas mais velhas que cultivam o dialeto. Os mais jovens costumam fazer os cursos por mera curiosidade. Outras motivações são o interesse por línguas ou a convicção de que o aprendizado de idiomas significa um enriquecimento cultural para a pessoa.
Para os franceses, é difícil aprender sobretudo a gramática e a pronúncia do dialeto alemão. Além disso, as línguas minoritárias sempre foram vistas com ressalvas na França, uma tendência que prossegue até hoje.


Lutas ideológicas

Durante muito tempo, o Estado francês tratou as regiões do país com uma certa reserva, temendo o separatismo. O idioma alsaciano sofreu especialmente com isso, explica o diretor do Escritório da Língua e da Cultura da Alsácia, Justin Vogel.

Após a Segunda Guerra, os escolares foram proibidos de falar alsaciano na escola. O próprio Vogel foi punido na época, por ter ousado falar algumas palavras do dialeto alemão no pátio da escola. "Eu tive que subir numa escada e cantar o hino nacional francês para cem alunos", recorda.
As lutas ideológicas deixaram marcas profundas até hoje. Após a Segunda Guerra, diversas famílias se recusaram a transmitir aos seus filhos um idioma com sonoridade tão alemã.

Vista do Haut-Koenigsbourg, na Alsácia
Hoje, ainda há cerca de 150 mil alsacianos que falam exclusivamente dialeto. Mesmo assim, em cidades grandes como Estrasburgo, só se encontram poucas lojas onde vendedor e freguês falam espontaneamente o alsaciano.



Língua significa identidade

Como vice-presidente do Conselho Regional da Alsácia e diretor do Escritório da Língua e da Cultura da Alsácia, Justin Vogel usa uma andorinha na lapela. O símbolo, avistado com frequência nos "oásis" do dialeto, significa simplesmente que ali se fala o alsaciano.
O órgão dirigido por Vogel tenta, com muita paciência e dinheiro, incentivar o uso do alsaciano na vida pública. O Estado subsidia mais de 50 cursos, envia material sobre o dialeto a todos os pais de recém-nascidos, organiza festivais culturais alsacianos, concede incentivos à publicação de dicionários, além de convencer empresários a se comprometer com uma "carta linguística".
"O fato de os alsacianos falarem seu dialeto os leva a reconhecer de onde vêm. Acredito que cabe a nós lembrar as pessoas de que a língua faz parte de suas raízes e de sua cultura, além de ser uma pequena parte de sua alma", comenta Vogel.


Autor: Andreas Noll
Revisão: Alexandre Schossler


Na sequência, próximo artigo da série: Bávaro: fala de abreviaturas e diminutivos.



Artigos da DW sobre o perfil cultural do povo alemão

Já comentamos aqui, através de alguns Post´s, que o povo alemão, por vários motivos históricos, apresenta uma cultura diversificada. Muitas vezes esta multiface cultural da Alemanha, sendo um país com território pequeno, se comparado ao Brasil,   confundem algumas pessoas que desconhecem sua história e estórias. Muitos, generalizam "o alemão", enquadrando-o em um perfil com características únicas. O Estado alemão é muito recente, mais jovem que a cidade de Blumenau, e sua formação aconteceu a partir de várias  etnias ao longo de seus acontecimentos históricos.

Achamos pertinente a leitura de uma série de artigos publicados pela Deutsche Welle esclarecendo sobre o "Atlas de dieletos alemães", fazendo uma alusão à esta "colcha de retalhos" cultural neste país.

No próximo Post, apresentamos o primeiro de 10 artigos. Para ler nar nas férias!

Acompanhem, a partir dos próximos post´s!


Postado por Angelina Wittmann




quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Evento de abertura das atividades Culturais para 2011 e mutirão para melhorias no palco

Pedimos para anotarem e suas agendas a data de 12 de março de 2011.
Para melhor esclarecimento sobre esta data, acesse o link abaixo, clicando sobre ele.

Centro Cultural 25 de Julho: Programação para 2011

Lembramos, também , que hoje será transmitido pela segunda vez, o programa Festas e Tradições, do Sr Jens Mantau, no canal 7 - TV galega. Este programa mostra um pouco do encerramento da atividades culturais e a festa de natal do C.C. 25 de julho ocorrido em 13 de dezembro último.

Vale a pena conferir!





terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Música

Boa noite amigos.
Um pouquinho de música na noite!









 
Bis Morgen!!







Programação para 2011

O ano, para o C.C. 25 de Julho, está terminando de maneira alegre e festiva e assim iniciará suas atividades em 2011, de maneira alegre e festiva!


A Equipe do blog e a diretoria do C.C. 25 de Julho, o Sr. Marques e Sr. Ivo do Restaurante 25 de Julho, os músicos Sr. Wilson e Sr. Rubens e seus amigos (amigos do C.C. 25 de Julho) - e todos que queiram participar: sócios e amigos - estão organizando uma noite festiva no clube para a noite do dia 12 de março de 2011 – 20:00h.
A noite festiva tem dois objetivos principais entre muitos:

1 - Abrir o ano com boa vibração, alegria e as atividades de todos os grupos culturais;
2 - Efetuar melhorias no palco.

Será cobrada uma entrada simbólica de R$10,00. O dinheiro da bilheteria será destinado para o conserto do piso e melhorias das paredes do palco (revestimento).



O Restaurante 25 de Julho estará disponibilizando: entradas, jantar a la cart da cozinha alemã e outros, petiscos e os mais variados tipos de bebidas.

Unidos, em torno de uma causa comum, (melhorar nosso palco) poderemos nos reencontrar de maneira festiva e abrir o ano cultural de nosso clube com muita alegria, boa companhia e dança.

Pedimos a todos para anotarem em suas novas agendas de 2011, dia 12 de março, noite dançante no C.C. 25 de Julho, às 20:00h.

Aguardem novas informações.

Não esqueçam de conferir a segunda transmissão do Programa Festas e Tradições do Sr. Jens Mantau, em 29 de dezembro – às 13:00h.

Fizemos alguns registros a partir da televisão com uma câmera digital, para aqueles que não conseguem acessar e assistir, por algum motivo qualquer.








Recesso durante o mês de janeiro.


Como as atividades no clube estarão em recesso até março, também o blog permancerá em ritmo lento, até o início do mês de fevereiro.
As músicas continurão no ar toda a noite. Confira...
Um bom início de ano.
Abraços da Equipe do Blog do C.C. 25 de Julho.



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Musik

Guten Abende Freunde!!
Um pouco de música.






Bis Morgen!!




RETROSPECTIVA 2010 - Parte II

Grupos Culturais do C.C. 25 de Julho na Oktoberfest 2010.
































































Grupo folclórico Blumenauer Volkstanzgruppe no C.C. 25 de Julho de Porto Alegre - Bierfest.





















Grupo folclórico Blumenauer Volkstanzgruppe no encontro de grupos folclóricos da AFG - Salão Cruzeiro - Blumenau, em 06 de novembro






Ensaios dos coros: Misto e Masculino Liederkranz.




























Ensaios da Dança Senior 25 de Julho































Ensaios do grupo folclórico Blumenauer Volkstanzgruppe.


























Encerramento das atividades da Dança Senior 25 de Julho.























Encerramento da atividades do grupo folclórico Blumenauer Volkstanzgruppe.




























Evento de Natal e Encerramento das atividades dos Grupos Culturais, em 13 de dezembro.































Concerto de Natal do Parque Ramiro Ruedger, em 18 de dezembro.





























"Este ano foi um ano atípico para o C.C. 25 de Julho."  Dieter Berner - Presidente


Postado por Angelina Wittmann