Organizado por Angelina Wittmann
Nascimento:
O Sr. Hans Broos nasceu em Gross-Lomnitz, atualmente território eslovaco, em 10 de outubro de 1921.
Seu pai, de família alemã, era mestre marceneiro e foi com quem teve os primeiros contatos com o desenho. Desenhava muito bem.
Iniciou a faculdade de arquitetura na Universidade de Praga – Checoslováquia, mas se mudou para Braunschweig (Brunswick – inglês) - Alemanha, quando começou a guerra. Em Braunschweig, concluiu o curso de engenheiro-arquiteto na Universidade Técnica de Braunschweig, em 1948.
Iniciou a faculdade de arquitetura na Universidade de Praga – Checoslováquia, mas se mudou para Braunschweig (Brunswick – inglês) - Alemanha, quando começou a guerra. Em Braunschweig, concluiu o curso de engenheiro-arquiteto na Universidade Técnica de Braunschweig, em 1948.
Universidade de Praga |
“Nasci na Áustria, de família alemã. Entrei na universidade em Praga, onde dei os meus primeiros passos como aluno de arquitetura. Terminei o curso na Alemanha por causa da guerra, e em Braunschweig colaborei na reconstrução da cidade.”Hans Broos
Nesta mesma universidade é nomeado assistente do Professor Friedrich Wilhelm Kräemer, na cátedra de Grandes Composições. Neste período, Sr. Broos participa da elaboração de projetos culturais, industriais, públicos voltados para o Urbanismo, mas especificamente em obras de reconstrução de prédios históricos e praças na cidade de Braunschweig.
Braunschweig |
“Quem queria chegar à faculdade de arquitetura tinha que aprender profissões práticas, como carpinteiro e pedreiro. Além disso, tínhamos de viajar e conhecer a Europa: a torre de Pisa, na Itália, a Grécia. O ensino era mais prático. O que me ajudou muito no Brasil foi justamente o fato de que, como arquiteto e engenheiro, eu sabia fazer alvenaria, fundações etc.” Hans Broos
Em 1949, formado, muda-se para Karlsruhe onde começa a trabalhar como assistente do professor Egon Eiermann na Universidade Técnica da cidade. O arquiteto Sr. Broos chamava Eiermann de “o homem da reconstrução da Alemanha”, pós guerra. Participou, então, de diversos projetos e obras de reconstrução em várias cidades alemãs, principalmente, em Berlim. Entre eles: Rádio emissora de Stuttgart (1951), o Laboratório Ciba (1952) e a reconstrução de Lübeck, onde teve seu próprio escritório.
Trabalho do arquiteto Broos - no Escritório de Eiermann |
Karlsrihe
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Le Corbusier |
O contato forçoso com a arquitetura histórico através da recuperação das cidades alemãs, período pós guerra, instigou o arquiteto Sr. Broos a observar sua produção arquitetônica. Buscou criar algo novo que destoasse desta tipologia e tivesse a alma do presente atendendo a nova realidade do homem pós guerra e suas aspirações.
Sua contribuição, para o resgate de cidades demolidas no período pós guerra foi imensurável, mas desafiante, no sentido de definir uma nova linguagem e uso dos materiais contemporâneos para a época. Segundos suas próprias palavras: “Não queria mais só olhar para o passado, mas para o futuro.”
Com a anuência do Professor Eiermann, convidou Le Corbusier para proferir uma palestra na Universidade Karlsruhe.
“O professor que, para mim, foi o responsável pela intensificação do pensamento, da imaginação, nem era arquiteto: chamava-se Egon Eiermann e trabalhava para a UFA, produtora de filmes em Berlim. Cheguei a ser assistente de Eiermann - fizemos a reconstrução de um velho templo em Berlim. Um dia, ele me perguntou: “O que vamos dizer hoje aos alunos?”. Eu lhe disse que falasse sobre Le Corbusier. Como ele não conhecia Corbusier, enviou-me à Suíça para que eu trouxesse as novidades.”Hans Broos
Muitos dos nomes da arquitetura alemã, como Walter Gropius, Mies van der Rohe, Marcel Breuer, Konrad Waschmann já haviam emigrado para os Estados Unidos. Também, como muitos outros jovens arquitetos europeus como: Adolf Franz Heep, Lina Bo Bardi, Victor Reif, o jovem arquiteto Hans Broos, que já tinha conhecimento da produção arquitetônica brasileira e o uso do novo material: concreto armado decide vir morar no Brasil.
Sr. Hans Broos tinha a opinião que este jovem país apresentava ambiente ideal para novas idéias, nova arquitetura.
“As notícias sobre a arquitetura brasileira eram tão convincentes que resolvi conhecer de perto essas experiências” – Hans Broos.
Quando fez este comentário, fez alusão ao catálogo da exposição Brazil Builds, do MoMA – Museu de Arte Moderna de Nova York, realizada em 1943, no qual apresentava a tradicional e a nova arquitetura brasileira, através da ilustração do edifício-sede do antigo Ministério de Educação e Saúde (1937-1942), do arquiteto e urbanista Lúcio Costa e sua equipe, o marco precursor desta arquitetura.
“Na época em que comecei, a grande inovação da tecnologia foi a passagem da pedra para o concreto. Não existia igreja ou capela que não fosse de pedra, se possível de pedra natural. Até que houve a descoberta de materiais resistentes, descobertos pela mistura da cal. Conhecia-se o cimento, e com adição de óleo de baleia ele fica mais resistente. Mas na minha época houve justamente a luta para esse novo material - o concreto. Corbusier aplicou isso, mas estava praticamente na mesma situação dramática que eu. Cheguei ao Brasil justamente na hora em que o concreto era novo, praticamente pronto para ser aproveitado.” Hans Broos
No Brasil
Em 1954, com 33 anos de idade, Sr. Hans Broos viaja para o sul do Brasil, e se instala em Blumenau, onde começa a atuar como arquiteto e desenvolve intensa atividade profissional. Assina diversos projetos e obras na região.
Blumenau |
“A Europa é pequena e na época era comum que os países estivessem em guerra. Não existiu geração que não tenha passado pela guerra. E pensei comigo: em vez de esperar a próxima guerra, vou conhecer o mundo. Então cheguei ao Brasil.” Hans Broos
O arquiteto Sr. Broos é aconselhado pelo Dr. Rivadávia Wollstein, blumenauense e professor na Universidade do Brasil, a transferir-se para o Rio de Janeiro (na época – capital do Brasil). Iniciou o processo de convalidação de seu diploma, na Faculdade Nacional de Arquitetura (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro) daquela Universidade, para que, então pudesse realmente atuar efetivamente como Arquiteto deste país. Em seu trabalho de convalidação estudou a arquitetura dos açorianos no litoral catarinense que tinha originalmente como Título: “Açorianos”. Foi inicialmente publicado um texto totalmente datilografado, num total de 40 exemplares. Trabalho executado por uma senhora da cidade de Blumenau, com fotos e ilustrações do Sr. Broos.
O livro: Construções antigas em Santa Catarina (Editora Cultura e Movimento, Fundação Cultural de Blumenau e Editora da UFSC) foi uma reedição daquele texto original, reescrito e revisado pelo jornalista Orlando Maretti e publicado no segundo semestre de 2002. Sr. Broos narra a história da confecção da primeira edição. Sr. Broos não ficou com nenhum exemplar e somente em 1995, segundo Senhor Maretti, é que o arquiteto, em visita a uma biblioteca de São Paulo, pode reaver um exemplar daquela edição datilografada. Senhor Maretti procurou respeitar o estilo do autor usado na primeira edição, mas atualizou a linguagem.
No Rio de Janeiro...palavras do Arquiteto:
“Foram dois ou três anos. Fui educado por jesuítas e franciscanos e quando cheguei ao Brasil procurei esse mesmo tipo de organização religiosa. Encontrei no Rio de Janeiro dom Lucas Mayerhofer, o grande reconstrutor das missões jesuíticas do Sul e fui assistente dele. Ele sabia que eu era formado, me convidou para dar aula.” Hans Broos
De 1953 à 1957 atua como assistente do professor Lucas Mayerhofer, com quem colabora no estudo e restauração das ruínas das missões jesuíticas no Rio Grande do Sul. Segundo Sr. Broos, foi neste período, que pode conhecer muitos arquitetos brasileiros. A Faculdade Nacional de arquitetura foi o principal centro de formação de arquitetura do país até a década de 1950 e recebia alunos de todo o Brasil. Neste período, foi importante para sua experiência, por que lhe proporcionou uma vasta rede de contatos e a oportunidade de elaborar projetos em diversas regiões do país.
Missões Jesuíticas |
Em 1968, Sr.Hans Broos estabeleceu-se definitivamente na cidade de São Paulo. Sua casa no bairro do Morumbi, um dos seus mais belos projetos em concreto e vidro e foi construída no período 1970/78 em um terreno de acentuado declive. Seus jardins foram projetados e executados por seu parceiro em diversos projetos e amigo, o paisagista Roberto Burle Marx. Somente nos anos finais de sua atividade, o arquiteto concentrou seu trabalho à residência, que fica na parte alta do terreno e tem entrada pela rua Oscar de Almeida. Durante muitos anos a empresa Hans Broos Escritório de Arquitetura funcionou numa casa próxima a ponte Morumbi.
Residência do arquiteto localizada à Rua Viriato Correa nº 99 e Rua Oscar de Almeida nº 486, no Jardim Morumbi |
Sr. Broos e o paisagista Roberto Burle Marx |
“O ensino hoje é preparativo para acompanhar a evolução tecnológica e um símbolo disso é o computador, que não pensa. Esqueceram que o arquiteto, no passado tinha, que fazer trabalhos manuais. Temos que engolir esse passado para conhecer seu valor, e assim enfrentar o presente.” Hans Broos
Produção Arquitetônica e Urbanística
“Uma das primeiras obras que me deram foi a igreja de São Bonifácio, na Vila Mariana, em São Paulo. Fui convidado para fazer o desenho do templo da comunidade alemã de São Paulo. Depois de conhecer o terreno, desenhei por toda uma noite. Três dias depois chegou a notícia de que eu havia ganho a concorrência. Uma série de projetos estavam concorrendo, fui o último a apresentar e ganhei. Meu croqui é igual à igreja como foi executada, de concreto. Foi uma revolução. As pessoas diziam: “Esse alemão propôs uma igreja de concreto, imagine o desastre”. Não sei de que forma intercedeu em meu favor o então cardeal arcebispo dom Agnelo Rossi. Acabei ficando muito próximo dele.” Hans Broos
Igreja de São Bonifácio – São Paulo |
“Houve outro episódio interessante. Como a igreja era de concreto, todos tinham medo da vibração. Já estavam prontas a plataforma principal e duas paredes laterais, quando procurei um engenheiro acústico para resolver o problema. E me indicaram o engenheiro Paulo Maluf. Ele disse: “Isso precisa de Eucatex”. Eu respondi que não era possível, pois parte do concreto tem um alto-relevo realizado com painéis plásticos. Mas ele insistiu. Então propus uma aposta: disse que inventaria algo que fizesse funcionar a acústica. Ele topou. Lembrei minhas viagens para a Grécia, onde os teatros são de mármore e embaixo é oco, e a acústica é perfeita. Então construí na igreja um teto de duas camadas e fiz buracos em cima, a vibração passa por lá. Funcionou como nos teatros gregos.” Hans Broos
São aproximadamente 400 projetos realizados no Brasil e cerca de 100 obras construídas. Sua produção abrange obras religiosas, industriais, edifícios públicos, projetos urbanísticos e residenciais. A pesquisadora e arquiteta Karine Faufenbach organizou algumas das principais obras listadas a seguir. A pesquisa completa está melhor detalhada em sua Dissertação de Mestrado defendida em 2006, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Cia Hering - Blumenau |
Em Blumenau, a principal obra e a mais discutida pela crítica especializada, é a sede da Cia.Hering (1968-1972).
Em São Paulo a obra que se destaca é a primeira igreja edificada em concreto aparente - a Paróquia de São Bonifácio (1966) Vila Mariana. A Igreja de São Bonifácio, segundo Sr.Orlando Maretti, esta igreja foi a sede da Missão Católica Alemã e talvez ainda o seja. Anexos à igreja havia três ou quatro apartamentos, um para o pároco e outros para os sacerdotes alemães de passagem pelo Brasil. O projeto recebeu o premio Rino Levi, como melhor obra do ano e foi nesta ocasião que o arquiteto recebeu o convite para trabalhar na equipe do engenheiro Paulo Maluf, por vários motivos na época, não aceitou.
“Eu sempre fiz prédios individuais, em princípio muitos mosteiros e fábricas, que, de fato, são projetos parecidos. Se o projeto de uma fábrica é bom, os operários se sentem como uma comunidade, e o mesmo ocorre em uma igreja. Quando isso não acontece, só tem briga e poeira.” Hans Broos
Malharia Tecanor, da Hering Nordeste (1978-1983), outra obra de destaque. Construída na cidade de Paulista, na região metropolitana de Recife-PE, distinguida pelo IAB/SP com o Prêmio Anual para edifícios industriais. No final deste uma listagem de suas principais obras.
Assessorou Francisco Brennand a organizar o ateliê em Recife, onde este tinha o escritório dentro de um forno de cerâmica, inspirando Sr.Hans Broos a usar a cerâmica em vários de seus projetos, com na abadia de Santa Maria, em São Paulo (1976) e na sua casa, também em São Paulo (1987), inspirando artistas plásticos e colegas de todo o Brasil.
Participou na reformulação urbana de cidade de Olinda.
“Em Olinda, fiz urbanismo. As ruas, as partes da cidade eram adaptadas à natureza. A vista da cidade como um todo era formidável. Ao norte as coisas mais antigas, por exemplo, os mosteiros e as obras antigas de referência, como o palácio do governo, são obras de arte. Ajudei na recuperação delas, e cheguei ao interior do estado. Morei em Olinda por muito tempo.” Hans Broos
Em Olinda, ainda, trabalhou com Gilberto Freire no desenvolvimento da filosofia, palestras reuniões. Em seus arquivos, existem muitos desenhos e fotografias deste período. Em Olinda ainda, projetou um aeroporto particular para um empresário que produzia cordas para navios e no interior do estado de Pernambuco, o arquiteto assinou o projeto de uma prefeitura usando a técnica do pau-a- pique.
Projetou a fábrica da Faber-Castell – São Carlos, interior de São Paulo.
O parque industrial da Hering foi feita durante mais de 30 anos, através dos projetos do Sr. Hans Broos. O arquiteto projetou um plano diretor para a ampliação da fabrica localizado no Bairro Bom Retiro – Blumenau.
O Arquiteto, ao projetar o plano diretor, projetou a ampliação fabril com diversas novas edificações, onde foi usado como material dominante, o concreto armado aparente, integradas de maneira harmoniosa com construções históricas, parte da célula inicial do parque fabril, com construções antiga, desde o ano de 1880. O conjunto prima por não interferir no meio natural, este valorizado com o projeto de paisagismo assinado por seu amigo Burle Marx e com a participação de Aziz Ab´Saber, onde a intervenção envolvia o macroambiente.
Sr. Broos, percebendo que o vale é estreito para a construção de novos conjuntos industriais, propôs construir pequenas unidades em cidades próximas e bairros próximos, como Encano, Água Verde, Ibirama, Rodeio, Indaial e Benedito Novo.
Vale da Cia Hering - Vista parcial |
O Arquiteto Sr. Hans Broos também assinou o projeto das fábricas de São Paulo e de Pernambuco. O projeto não foi construído fielmente. O conjunto edificado continua em ótimo estado de conservação.
Revista Bauwelt – Maio de 2007 – Berlim
Matéria de Capa – Hans Broos e sua obra.
Hans Broos
Imagens de algumas obras:
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Contribuição importante (Comentário) de um visitante do Blog C.C. 25 de Julho de Blumenau que preferiu não se identificar...
Visita dos coros do C.C. 25 de Julho de Blumenau ao Mosteiro de São Bento - Vinhedo SP, em 27 de janeiro de 2012. Interpretaram Haleluia de Händel do Oratório "O Messias" dentro da capela projetada pelo arquiteto.
A seguir, em vídeo, o registro deste momento.
"Sr Hans Broos terá minha eterna admiração e respeito e quero acreditar que esteja volitando pelas montanhas de sua terra natal em contato com a natureza que tanto amava."
Matéria de Capa – Hans Broos e sua obra.
Texto foi fornecido por sua antiga colaboradora – arquiteta Judith Weinstock Montag com fotos de Cristiano Mascaro. Esta publicação – principal publicação especializada em Arquitetura na Alemanha dedicou 20 páginas a obra do Arquiteto Hans Broos.
10/10/1921 - 23/08/2011
No dia de seu último aniversário - 10 de outubro de 2010 |
Hans Broos em sua mesa - Década de 60 |
Cia Hering - Blumenau |
Cia Hering - Blumenau |
Escritório na residência - 2011 - São Paulo |
Residência do Morumbi - São Paulo - 2011 |
Ed Grande Hotel - Blumenau |
Celesc - Florianópolis |
Residência Curt Zadrosny - Blumenau |
Residência do Arquiteto - São Paulo |
Residência do arquiteto atualmente - Seu Desejo era de que se tranformasse em um Instituto de Pesquisa |
Após ver e ouvir o vídeo, percebemos que o Sr. Broos cita o Arcebispo Rossi muitas vezes. Fomos buscar um pouco sobre este Arcebispo paulistano.
Um pouco sobre o Arcebispo Rossi que contratou o Arquiteto Hans Broos para fazer muitos trabalhos em São Paulo e lembrado por ele, até seus últimos dias.
Agnelo Rossi
Nasceu no dia 4 de maio de 1913 no Distrito de Joaquim Egídio da cidade de Campinas - SP e faleceu em 1995. Seus pais foram o Sr. Vicenzo Rossi - Comendador da Ordem do Santo Sepulcro da Sra. vittória Colombo. Teve um irmão somente - Sr. miguel Rossi.
Realizou seus primeiros estudos em Valinhos - SP. em 26 de janeiro de 1926, ingressou no Seminário Menor Diocesano Santa Maria de Campinas, onde também fez o curso de Filosofia. em 15 de outubro de 1933, viajou para Roma, onde permaneceu 5 meses no Colégio Pio Latino-americano. em 4 de abril de 1934, foi um dos 33 alunos fundadores do Pontífice Colégio Pio Brasileiro, no qual recebeu a matrícula N° 1. Cursou seus estudos na Teologiana Pontifcia Universidade Gregoriana de Roma.
Brasão Arcebispo Rossi |
Sua ordenação aconteceu na presença do Cardeal Luigi Traglia, bispo auxiliar de Roma e aconteceu no dia 27 de março de 1937 na Arquibasílica de São João Latrão, em Roma.
Foi o 16° Bispo de São Paulo, 4° Arcebispo e 2° Cardeal. É considerado o maior expoente da igreja católica brasileira. Tornou-se Sercardeal-Decano do Colégio Cardinalício.
Sua vida religiosa foi intensa e sua biografia extensa. Sr. Broos falou dele e sobre ele, até seus últimos momentos. Dizia que o Arcebispo Rossi compreendia a importância da Arquitetura e realmente foi um mecenas.
Para ler um pouco mais sobre o Sr. Broos imprensa local JSC - Clicar sobre:
Jornal de Santa Catarina - 24 de agosto de 2011
Contribuição importante (Comentário) de um visitante do Blog C.C. 25 de Julho de Blumenau que preferiu não se identificar...
"...Uma perda lastimável. Um professor eterno que me ensinou muito sobre a vida! Descanse em paz Dr.Broos.Hans Broos nasceu em Gross-Lomnitz, Eslováquia, filho de Johann Broos e Elisabeth Mock-Broos. Ele tinha 2 irmãos, Mathias e o mais jovem que faleceu numa emboscada num trem, durante a II Guerra. As montanhas que ele se refere são a cadeia Hohe Tatra entre a Eslováquia e Polônia. Ele comentava da proximidade de sua cidade com a cidade natal do Papa João Paulo II. Não há qualquer relação com a Áustria e os instrumentos musicais do Tirol. Ele se refere muito a Áustria, porque a Eslováquia fez parte do império Austro-Húngaro, e por uma outra razão (uma longa história, que ele me contava diariamente). Havia a cunhada, esposa do Mathias, que telefonava todas as sextas-feiras. Ele tem sobrinhos na região de Munique, onde sua mãe esta sepultada. A familia foi obrigada a ir para a Alemanha ocidental pelos comunistas da Tchecoslováquia. Seu bisavô lutou contra o avanço dos turcos-otomanos na Europa. Com isso, ele e outros receberam do império austro-húngaro terras em Gross-Lomnitz e Eisdorf, onde formou-se os "dorf-zipser" de língua alemã..."
Visita dos coros do C.C. 25 de Julho de Blumenau ao Mosteiro de São Bento - Vinhedo SP, em 27 de janeiro de 2012. Interpretaram Haleluia de Händel do Oratório "O Messias" dentro da capela projetada pelo arquiteto.
A seguir, em vídeo, o registro deste momento.
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Um vida... Uma obra!
"Sr Hans Broos terá minha eterna admiração e respeito e quero acreditar que esteja volitando pelas montanhas de sua terra natal em contato com a natureza que tanto amava."
De uma arquiteta que aprendeu a amá-lo no final de sua jornada.
Uma perda lastimável. Um professor eterno que me ensinou muito sobre a vida! Descanse em paz Dr.Broos.
ResponderExcluirHans Broos nasceu em Gross-Lomnitz, Eslováquia, filho de Johann Broos e Elisabeth Mock-Broos. Ele tinha 2 irmãos, Mathias e o mais jovem que faleceu numa emboscada num trem, durante a II Guerra. As montanhas que ele se refere sao a cadeia Hohe Tatra entre a Eslováquia e Polônia. Ele comentava da proximidade de sua cidade com a cidade natal do Papa João Paulo II. Nao ha qualquer relação com a Áustria e os instrumentos musicais do Tirol. Ele se refere muito a Áustria, porque a Eslováquia fez parte do império Austro-Húngaro, e por uma outra razão (uma longa historia, que ele me contava diariamente). Havia a cunhada, esposa do Mathias, que telefonava todas as sextas-feiras. Ele tem sobrinhos na região de Munique, onde sua mae esta sepultada. A familia foi obrigada a ir para a Alemanha ocidental pelos comunistas da Tchecoslováquia. Seu bisavô lutou contra o avanço dos turcos-otomanos na europa. Com isso, ele e outros receberam do império austro-húngaro terras em Gross-Lomnitz e Eisdorf, onde formou-se os "dorf-zipser" de língua alemã...
Querido Anônimo, que nos pareceu tão próximo deste que jamais sairá de nossas lembranças. Sem contar as obras.
ResponderExcluirQue existam depoimentos vivos ainda, como o seu, para salvaguardar detalhes desta história de vida.
Guardaremos sua preciosas informações aos pedacinhos, que guardamos sobre Ele.
Só nos resta, agradecer sua importante intervenção...
Abraços ...
E por favor, registre mais, se possível publique se for possível, para as gerações futuras.
Angelina Wittmann
estimado centro cultural; devo agregar ao que o Sr. anonimo disse , que este mestre da Arquitetura, outrora ensinou-me as linhas mestras da profissão,lembro-me no escritorio em frente a Kodak, perto da ponte do Morumbi, ele chegando sempre de manha , tomando um cafezinho, e escutando seus colaboradores, um a um , ali estaban Mauro Pacci, Heide Jacob, eu que tão rapidamente pasei por esse celeiro da nossa profissão, projetando formas que exaltaban as artes plasticas; lembro-me da sua sua fisonomia tão meiga ao escutar este que está a escreber; lembro-me das disertações junto a Otto Heupfeld quanto ao futuro do brutalismo do concreto armado....
ResponderExcluirque dicer do Dr Broos...apenas posso externar meu eterno agradecimento a este "senhor apostolo da Arquitetura"
Senhor Anônimo 2, suas palavras refletem a materializam os momentos que descreve com tanta sensibilidade e sinceridade em nossa imaginação já saudosa, destes momentos, que não tivemos o privilégio de comungar. Agradecemos que as divida conosco.
ResponderExcluirAbraços.