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terça-feira, 17 de abril de 2012

Klassiker Moment - Musik

Guten Abend Freunde!
Um poucos dos clássicos da Alemanha e  Áustria...





Quando estiver ouvindo  O Fortuna de Carmina Burana, poderá ler um pouco sobre a sua História. na sequência.


Carmina Burana é uma expressão latim: Carmem mais inis – canto – cantiga – bura – pano rústico de lã  geralmente escuro – Esta expressão faz alusão aindumentário de um frade ou freira feitos com tecido rústico de lã. Carmina Burana surgiu a partir de textos que foram encontrados no convento de Benediktbeuern, antiga Bura Sancti Benedicti, fundada  por São Bonifáciono ano 740 de nossa era, na Alta Baviera.


São poemas -  315  composições - encontrados em 112 folhas de pergaminhos decorados. Foram escritos por monges e erruditos – galiardos - em latim medieval, exceto 67 versos escritos em  alemão.

Atualmente estes originais se encontram na Biblioteca Nacional de Munique.

Johann Andréas Schmeller, publicou  a coleção em 1874, batizando de Carmina Burana, que em latim significa “Canções de Benediktbeuern".

Carl Orff,  compositor alemão, musicou alguns dos Carmina Burana. Estreou em junho de 1937, em Frankfurt.  Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae faz parte da trilogia “Trionfi" que foi composta por Orff em diferentes períodos, que são complementados por Catulli – 1943 e Trionfo di Afrodite – 1952.

O compositor fez uma música totalmente nova. Para sua interpretação plena, são necessários três solistas, dois coros e se possível, uma orquestra. Se não for possível, dois pianos e  percussão.
A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Mesmo em uma obra, já na segunda parte do primeiro milênio depois de Cristo, podemos perceber o quanto a cultura germânica e céltica ainda se fazia presente nas obras cristãs, através de suas simbologias.
Por exemplo, na primeira parte da obra de Orff, há celebração do encontro do Homem e a Natureza, o despertar da primavera – Veris laeta fácies ou seja, a alegria da primavera.
Na segunda parte – In taberna, a celebração do vinho e do amor - Amor volat undique, culminando com o coro de glorificação da bela jovem – Ave, formosíssima.
No final se repete o coro de invocação a Fortuna – O Fortuna – velut luna.

-----------------------------Uma reflexão.

É visível a presença dos seres da natureza sob a percepção da cultura dos povos germânicos pagãos que viviam na região da Alemanha, antes da chegada do cristianismo, como já postado no Blog do C.C. 25 de Julho, nos Post´s Germanos e sua Mitologia - Crenças e Panteon - Parte I  e Germanos e sua Mitologia - Crenças e Panteon - Parte II
Mais tarde, esta cultura foi assimilada sob diferentes aspectos na produção da arte, durante os diversos recortes de tempo, ao longo da história da civilização, em cada escala regional.

Hela
Há grande probabilidade, de que as poesias do  Carmina Burana, foram muito apreciadas por pessoas sensíveis e de vanguarda, da época medieval de nossa Era. Por isto foram salvaguardadas e conservadas, o que as tornaram inacessíveis à grande massa, por algum tipo de censura desta mesma época.
Diante desta possibilidade, é invitável não lembrar da grande obra - O Nome da Rosa de autoria de Umberto Eco.

Uma poesia do Carmina Burana, escrita há muito tempo atrás.
Somente uma  de um total de mais de 300.

O Fortuna (Clicar sobre)

O Fortuna
velut luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis.
vita detestabilis,
nunc obdurat
et tunc curat;
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
obumbrata
et velata
michi quoque niteris;
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris.

Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora

corde pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!

Tradução

 Ó Fortuna

Ó Fortuna
és como a Lua
mutável,
sempre aumentas
e diminuis;
a detestável vida
ore escurece
e ora clareia
por brincadeira a mente;
miséria,
poder,
ela os funde como gelo.

Sorte monstruosa
e vazia,
tu – roda volúvel –
és má,
vã é a felicidade
sempre dissolúvel,
nebulosa
e velada
também a min contagias;
agora por brincadeira
o dorso nu
entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
e virtude
agora me é contrária.

e tira
mantendo sempre escravizado.
nesta hora
sem demora

tange a corda vibrante;

porque a sorte
abate o forte,
chorais todos comigo!
Bis Morgen!!


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