Há um ano, aproximadamente, já postamos no Blog, sobre este assunto - O Natal. Assunto que vem à tona, sempre nesta época, como se para fazer uma reflexão entre nós.
Vamos relembrar um pouco sobre a História do Natal?
O Natal, comemorado no dia 25 de dezembro, não é comemorada nesta data, em todos os países. Em alguns países (eslavos e ortodoxos) é comemorado no dia 7 de janeiro. Foi fixada a data de 25 de dezembro para comemorar o Natal, por coincidir com o solstício de inverno e com festividades pagãs romanas.
O Natal é comemorado desde o Século IV, no ocidente e desde o Século V, no oriente e representa a data do nascimento de Jesus Cristo.
Seu significado no italiano é natale, francês é Noël, no catalão é Nadal, espanhol é Natal e português é Natal.
No inglês a data é conhecida como Christmas e provem das palavras latinas Cristes measse. Seu significando em inglês: Christ´s Mass - missa de Cristo.
Do natalis deriva também “natureza”, o somatório das forças ativas em todo o Universo.
Por que esta data? Negação ao Calendário Gregoriano, no qual as igrejas ocidentais adotaram o dia 25 de dezembro para o natal e 06 de Janeiro para Epifania, ou “Manifestação” – onde é comemorado a visita do Reis Magos, atualmente conhecido como dia de reis e quando, atualmente, é a data na qual é desmontada a árvore de natal.
Visita dos Reis Magos |
A data 25 de dezembro não é a data real do nascimento do menino Jesus. Esta data foi adotada pela igreja cristã da época com a intenção de cristianizar as festas “pagãs” dos vários povos, inclusive dos germanos, próximos ao solstício de inverno.
O povo que dominava a região - os romanos, tinha uma festividade em honra ao deus Saturno – Saturnália – que era comemorada de 17 a 22 de dezembro. A festividade tinha como características: muita alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro, igualmente, era conhecido pela data do nascimento do deus persa Mitra – o Sol da Virtude.
Com a intenção de converter os “pagãos”, os cristãos da época fizeram com que as festas pagãs parecessem “cristãs” e este fato é conhecido, há muito tempo, por muitos e também por historiadores e eruditos. Um exemplo disto: em pleno século XVII, as festividades de Natal, por não apresentar uma origem bíblica, foram proibidas na Inglaterra em algumas colônias americanas. Na ocasião, se alguém permanecesse em casa e se negasse a ir trabalhar, no dia de natal, era multado.
Um exemplo próximo e muito recente...
Na casa paterna de nossa infância, não eram reconhecidos e valorizados: a árvore de Natal, o Papai Noel e as decorações natalinas. Nossa herança cultural tinha ligação forte com o catolicismo espanhol e português e este, por muito tempo, não reconhecia as festividades que não tivessem origem bíblica - o Natal primava pela simplicidade semelhante àquela do cenário no qual nasceu Jesus.
O Natal em nossa casa de infância era comemorado em torno do presépio, geralmente localizado no ambiente onde a família fazia as refeições diárias. No ambiente se arrumava a mesa para todos da casa, na véspera do dia 25 de dezembro. Era uma mesa posta de maneira muito simples, com pratos identificados, de nosso uso diário nos quais era servido alimento (palha) para o burrinho que traria o Menino Jesus na noite de natal. Alertavam-nos que o Menino Jesus traria presentes para todas às crianças da casa que tivessem bom comportamento. Por conta disto e da expectativa da chegada do ilustre visitante, todos dormiam muito cedo, para que Ele chegasse logo. Já na madrugava, o Menino deixava seu rastro de alegria em sua passagem "imperceptível" mas, real. O burrinho comia todo o alimento dos pratos e neles o Menino Jesus deixava os presentes. Estes, quase sempre, eram algo útil, como: sapatos novos, material escolar ou roupas. Geralmente, dormíamos com os sapatos novos nos pés, de tanta alegria.
A partir de fatos históricos compreendemos muita coisa da cultura e suas diferenças.
Prosseguindo...
Muito do que "consumimos" hoje, para "fazer" nossa festa de Natal, destoa da originalidade e de nossas raízes culturais, tonando-nos "massa" de manobra consumidora. Sem percebermos, estamos no meio de um "ciclone" consumindo...consumindo, sem qualquer reflexão real do significado desta data. Até mesmo ícones de nossa real cultura estão no balcão de "aliciamento" de maneira disfarçada a partir de pseudos valores. Atenção é preciso ter!
Árvore de natal
A primeira árvore de natal foi decorada por Martinho Lutero (mentor da Reforma Protestante no Séc. XVI), iniciativa movida por sua grande sensibilidade e amor ao belo natural
Martinho Lutero, antes de ser um homem que ensinava assuntos da espiritualidade, era um professor de grande sensibilidade. Em uma noite estrelada, vislumbrou o céu entre as copas dos pinheiros, na Alemanha. Percebeu o céu intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Ficou tão extasiado com o espetáculo natural que decidiu arrancar um galho do pinheiro e levou para casa. Em sua casa, tentou reproduzir o que viu ao ar livre. Colocou o pequeno pinheiro em um vaso com terra e chamou sua esposa e filhos e decorou a pequena árvore com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Para a árvore ficar mais bonita e alegre, arrumou papéis coloridos para enfeitar seus ramos.
A família Lutero ficou maravilhada com a árvore acesa, o que lhes parecia ter adquirido vida. Assim surgia a primeira árvore de Natal. Martinho quis mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento do Menino Jesus.
Este é um dos motivos, pelos quais, muitos países católicos não aceitavam a árvore de natal e somente o presépio natalino - motivos religiosos.
O Presépio
O Presépio
O presépio, na igreja católica, foi usado pela primeira vez por Francisco de Assis, em 1223. O frade franciscano quiz celebrar o Natal, na ocasião, de uma maneira mais real possível, e com a permissão do Papa, montou m presépio de palha, com a imagem do Menino Jesus, de Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento e vários outros animais. Neste cenário celebrou a missa de natal. Foi um sucesso, que logo foi adotado em toda a Itália, passando a ser usado nas casas dos nobres da Europa e depois em todos os lares
Natal na Alemanha
O advento é o tempo para a preparação. A coroa de advento, geralmente é feita de ramos de pinheiro e fitas vermelhas e tem importante significado na tradição de Natal na Alemanha, entre outros países. Este conjunto de ramos, conhecida por guirlanda recebe 4 velas, que são acesas a cada domingo que antecede o Natal.
A Origem do Advento
O Natal começa a ser “preparado”, na Alemanha, no período do Advento, no final do mês de novembro, correspondente ao quarto domingo antes da data – Este período em alemão é conhecido como: Weihnachtszeit.
Durante o período de advento acontece os “Weihnachtsmarkt”- as tradicionais feiras de Natal mencionadas na reportagem da DW, postada anteriormente. A maioria destas feiras atende ao público até os dias 23 e 24 de dezembro e quase sempre é ponto de encontro entre familiares e amigos.
Advento
O advento é o tempo para a preparação. A coroa de advento, geralmente é feita de ramos de pinheiro e fitas vermelhas e tem importante significado na tradição de Natal na Alemanha, entre outros países. Este conjunto de ramos, conhecida por guirlanda recebe 4 velas, que são acesas a cada domingo que antecede o Natal.
A Origem do Advento
Aguirlanda é oriunda da tradição pagã, sendo adotada e modificada pelo cristianismo. Os povos da região, antes da vinda dos cristãos, na escuridão do inverno, em volta das folhas acendiam velas, que representavam a luz e o fogo do deus Sol, desejando que a luz e fogo do sol retornassem em breve.
Para cristianizar as pessoas que habitavam a região, os primeiros missionários, adotaram a tradição, dando um outro significado a este costume antigo. Seu significado atual representa a união, o amor de Deus e as velas lembram que Jesus é a luz do mundo.
Adventskalender
O Calendário de Advento - Adventskalender - é um dos principais símbolos do advento alemão. O calendário é formado por janelinhas com números de 1 a 24, sendo que o 1 representa o primeiro dia do mês de dezembro e o dia 24 é a véspera de Natal. O Adventskalender surgiu na Alemanha e é um tipo de “contagem regressiva” para as crianças, que aguardavam, com grande expectativa, o dia de Natal.
O Calendário de Advento - Adventskalender - é um dos principais símbolos do advento alemão. O calendário é formado por janelinhas com números de 1 a 24, sendo que o 1 representa o primeiro dia do mês de dezembro e o dia 24 é a véspera de Natal. O Adventskalender surgiu na Alemanha e é um tipo de “contagem regressiva” para as crianças, que aguardavam, com grande expectativa, o dia de Natal.
São Nicolau
Na Alemanha é comemorado o dia de São Nicolau no dia 6 de dezembro. Rege a tradição que neste dia, as crianças bem comportadas recebem doces, luvas, cachecóis e ao contrário, as mal comportadas recebem carvão em seus sapatos. Para as religiões cristãs, este personagem bondoso é considerado o verdadeiro Papai Noel. Ele não tinha barriga, não usava roupas vermelhas e nem calçava botas pretas. Ele era alto, esbelto, vestia uma batina branca e usava mitra. A roupa vermelha era sua vestimenta de Bispo, conhecido Bispo de Mira.
Em todo o mundo, este dia, 6 de dezembro é usado para montar a árvore de natal, que permanece assim até o dia da Epifania, no dia 6 de janeiro.
Bispo de Mira
São Nicolau, após ser padre, se tornou bispo. São Nicolau Taumaturgo era da cidade Mira. Foi muito conhecido pelos ortodoxos, principalmente pelos russos.
Nicolau nasceu na Ásia Menor, no final do Séc. III. Sempre teve desejos de entrar na vida religiosa, desde tenra idade. Foi ordenado padre muito jovem. Ainda jovem, Nicolau herdou grande fortuna e a distribuiu entre os pobres. Ajudava aos mais necessitados anonimamente para que ninguém pudesse lhe agradecer.
Um comerciante rico da cidade de Patara tinha 3 filhas. Quando as suas filhas chegaram à maturidade, o comerciante faliu e, então, teve uma idéia pouco ética. Usar a beleza das filhas para conseguir meios de sobrevivência. São Nicolau ficou sabendo de seu plano e decidiu intervir junto a ele e as filhas e salvá-los de tal pecado e vergonha. Aproximando-se, durante a noite, da casa do comerciante falido, ele jogou pela janela aberta, um saquinho com moedas de ouro. O comerciante, achando o ouro, com grande alegria preparou o enxoval da filha mais velha e arranjou-lhe um bom casamento. Passado um pouco de tempo, São Nicolau, novamente, jogou pela janela, um saquinho com ouro suficiente para o enxoval e o casamento da segunda filha. Quando o São Nicolau jogou o terceiro saquinho com ouro para a filha mais nova, o comerciante estava à espera dele. Prostrando-se diante de Nicolau, o comerciante agradeceu emocionado a salvação da sua família, da vergonha. Após o casamento das três filhas, o comerciante conseguiu recuperar os seus negócios e começou a ajudar aos próximos a exemplo de seu benfeitor.
Reler, relembrar, sentir e vivenciar o real espírito de natal!
Papai Noel esteve no C.C. 25 de Julho no Natal de 2010 e retornará neste
próximo dia 12 de dezembro. Estaremos lá.
|